Há alguns anos, as redes sociais eram um espaço para compartilhar momentos espontâneos, sem a preocupação excessiva com a aprovação alheia. Hoje, transformaram-se em uma arena (internet) onde muitos buscam validação instantânea. A pergunta central já não é “O que você está vivendo?”, mas “Quantos likes isso vai gerar?”. Nesse ciclo de busca por reconhecimento, perdemos de vista o verdadeiro propósito de estar conectados: não se trata de ser visto, mas de ser lembrado.
– Redes sociais antes: compartilhamento espontâneo. – Redes sociais agora: busca por validação instantânea. – Pergunta central mudou: de O que você está vivendo? para Quantos likes isso vai gerar?. – Ciclo de busca por reconhecimento. – Perda do verdadeiro propósito de conexão: ser lembrado, não apenas visto.
Por que esquecemos quase tudo que consumimos na internet?
É inegável: quantas vezes rolamos o feed e, segundos depois, não nos recordamos de nada do que vimos? Os algoritmos nos inundam com informações, e a maior parte se dissolve como ruído. Dados de 2023 da DataReportal revelam que mais de 5 bilhões de pessoas utilizam redes sociais, dedicando, em média, 2 horas e 24 minutos diários a essas plataformas. Mas afinal, quanto desse tempo é investido em algo que realmente deixará uma marca em nossa memória?
A internet, apesar de sua vastidão, tem uma memória efêmera. Publicações são engolidas pelo fluxo constante de novidades, e as tendências surgem e desaparecem em questão de horas. Se o objetivo é apenas acompanhar modismos, o resultado será passageiro. No entanto, quando compartilhamos algo que toca, inspira ou resolve um problema, criamos uma impressão duradoura. Isso não depende de métricas como likes ou seguidores, mas da qualidade das conexões que estabelecemos.
Do conteúdo descartável ao legado digital

Mudei minha perspectiva quando passei a enxergar minha presença online não como uma sequência de posts isolados, mas como um livro em construção. Cada publicação é um capítulo. Você prefere que ele seja uma coleção de frases desconexas ou uma narrativa que conta uma história coerente e significativa?
A autenticidade é a chave. Em um mundo onde muitos tentam replicar fórmulas de sucesso, ser genuíno é o que nos destaca. Isso significa compartilhar não apenas conquistas, mas também vulnerabilidades, aprendizados e paixões, sem a pressão de uma imagem perfeita. Como destaca o neurocientista Dr. Daniel J. Siegel, a conexão humana se fortalece por meio da empatia e da sinceridade. Ao nos mostrarmos como somos, permitimos que as pessoas se identifiquem conosco — não com um perfil, mas com uma pessoa real.
Além disso, é fundamental oferecer valor. Seja uma reflexão, uma solução prática, uma dose de inspiração ou um humor autêntico, o conteúdo que educa ou resolve um problema é o que mais ressoa. Um relatório de 2024 da Statista confirma: estratégias que priorizam utilidade são as mais eficazes, independentemente da área de atuação. O importante é postar para contribuir, não para acumular curtidas.
Qual será a sua herança digital?

No final das contas, a questão não é “O que devo publicar hoje?”, mas “O que quero que as pessoas guardem desta publicação?”. Você deseja ser mais um ponto perdido no oceano de informações ou alguém que fez a diferença, que trouxe algo novo e melhorou o dia de quem te acompanha?
– Pergunta chave: O que quero que as pessoas guardem desta publicação? – Evitar ser apenas mais um ponto de informação. – Objetivo: fazer a diferença e trazer algo novo. – Melhorar o dia dos seguidores.
Deixar uma Presença digital não é sobre viralizar. É sobre ser autêntico e fazer com que sua voz ecoe de maneira significativa. Trata-se de cultivar conexões genuínas, não de competir por atenção. Sua presença online pode ir além de um reflexo das expectativas sociais; pode ser um farol de sinceridade em meio ao barulho.
